Vários especialistas internacionais estão reunidos desde hoje, segunda-feira, 9 de Setembro, em Luanda, com o objectivo de analisar o papel dos engenheiros na solução dos vários desafios que afligem continente africano: fornecimento de água potável e infra-estruturas essenciais, habitação sustentável, mudanças climáticas e outros aspectos sociais.
Na abertura do evento, que se realiza pela primeira vez em Angola, o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira, referiu na intervenção de abertura que África é tida apenas como um continente rico em recursos naturais, no entanto, o nosso Continente tem uma riqueza maior que é a sua cultura e saberes singulares, responsáveis por feitos históricos nas mais diversas áreas do conhecimento.
"A diversidade de culturas, histórias, tecnologias e inovações é enorme e ainda desconhecidas do grande público, são esferas do conhecimento gerado por africanas e africanos, como a utilização da pedra como a ferramenta mais antiga do mundo e que foram encontradas na África Oriental e as evidências da produção de outras ferramentas encontradas na África Subsahariana que tornam os africanos como o berço não só da humanidade, mas sobretudo o berço do conhecimento”.
Para Mário oliveira, a engenharia, nas suas diversas disciplinas, tem sido um pilar fundamental para o progresso da humanidade, pois ela está praticamente presente em todos os sectores da vida.
Esta presença é inquestionável na construção de infraestruturas essenciais, como estradas e pontes, e na inovação tecnológica que impulsiona a economia digital, dentre outras inúmeras áreas.
O ministro realçou ainda que o Governo angolano liderado pelo Presidente João Lourenço tem no seu compromisso com a Nação e com os angolanos por um lado e com o continente por outro lado, desenvolvido um conjunto de projectos estruturantes de onde destacamos o grande papel que a engenharia e os engenheiros têm no êxito destes projectos.
"Gostaria de destacar os projectos no ramo da energia com a construção de barragens hidroelécticas e parques solares, nas telecomunicações e tecnologias de informação com os projectos de fibra óptica nacional e internacional e o Programa Espacial Nacional com destaque para a ANGOSAT-2, no sector da construção civil e obras públicas com a reabilitação e expansão da rede nacional de estradas e na habitação social, no sector das aguas, na indústria extractiva, entre outros”, referiu o ministro.
Durante a presente semana, estarão reunidos a volta da Semana Africana de Engenharia, especialistas, académicos, estudantes e profissionais, para discutir os desafios que a engenharia enfrenta em África e as várias oportunidades que poderão ser descortinadas.
O encontro é organizado pela Ordem dos Engenheiros de Angola (OEA), promovido pela UNESCO, Federação Mundial e Federação Africana das Organizações de Engenharia, em parceria com a União Africana e a Zona de Comércio Livre Continental Africana.
Fonte: MINTTICS