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02 Agosto de 2023 | 19h08 - Actualizado em 02 Agosto de 2023

SADC: ESPECIALISTA APONTA DESAFIOS PARA PRESIDÊNCIA DE ANGOLA

O analista político Bernardino Neto considerou esta quarta-feira, em Luanda, que a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) poderá ganhar novo vigor com a Presidência de Angola, fundamentalmente no domínio económico.

Em declarações à ANGOP, a propósito da 43ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da organização, a decorrer em Luanda, de 7 a 17 desde mês, referiu que a liderança do país vai constituir um elemento de grande "preponderância” para a SADC.

O especialista entende que, com a Presidência angolana, pode-se capitalizar o comércio regional e africano, sendo, por isso, necessário que os Estados membros, em particular Angola, materializem a prioridade da industrialização e da aposta no capital humano.

Segundo a fonte, para materializar o desiderato da industrialização, os países da região deverão fazer investimentos em dois elementos: no homem e nas infra-estruturas. Lembrou que a prioridade do documento estruturante da SADC é a industrialização, sector em que a África do Sul está bem desenvolvida, como resultado da sua estratégia de construção de infra-estruturas para a transformação e exportação de minerais.

Bernardino Neto acrescentou que a SADC tem um Roteiro da Industrialização até ao ano de 2050, que visa, essencialmente, facilitar a criação das chamadas cadeias de valor nas economias dos 16 Estados membros, dirigidas, sobretudo, para o agronegócio.

O documento visa, igualmente, permitir que se continue com o processo de mineração na África do Sul, de forma a expandir o comércio de minas por toda a região, disse. 

O especialista entende que outro factor importante para a industrialização regional é impulsionar o sector do Turismo, como forma de diversificação das economias locais.

Diante desse quadro, afirmou que Angola, ao assumir a Presidência rotativa da SADC, "deverá ter um distintivo”, ou seja, aderir, até 2024, à zona de Comércio Livre (ZCL) da região, depois de mais de uma década de espera.

Reconheceu, entretanto, tratar-se de um processo difícil e complexo, em que a classe empresarial e o sector privado devem estar robustos, para o país conseguir fazer intercâmbio com produtos oriundos da maior economia da região, a África do Sul. "Para podermos industrializar, precisamos de investir na economia, que é prioridade do Plano Nacional de Desenvolvimento, projectado pelo Governo para 2023-2027, que traz o capital humano, coincidindo com o lema da Cimeira”, disse.

O analista referiu ainda que a Presidência de Angola terá de focar-se no capital humano, sobretudo no jovem, e na revisão do Plano Estratégico Indicativo de Desenvolvimento Regional.


Fonte: Angop



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