A feira, com duração de três dias, decorre sob o lema "A inovação tecnológica a serviço da segurança rodoviária”. O director do Instituto de Telecomunicações de Luanda (ITEL) disse que o lema foi escolhido para demonstrar como os Ministérios das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social e do Interior podem interagir em benefício da segurança rodoviária do país.

Cláudio Gonçalves espera que a feira seja um espaço onde a Direcção Nacional de Viação e Trânsito possa expor, também, as tecnologias que têm utilizado para garantir a segurança rodoviária.

A feira, realçou, vai juntar individualidades do sector Empresarial, Político e Governamental. A organização, acrescentou, conta, nesta edição, com dez "startups”, criadas por antigos alunos do ITEL, e seis empresas do sector das Telecomunicações e Tecnologias de Informação e Comunicação.

Na FITITEL estão agendadas actividades culturais, palestras, cinco mini-cursos relacionados com as tecnologias de informação e comunicação. A ideia, adiantou, é incentivar a troca de experiência com a comunidade académica do referido estabelecimento de ensino e mais de 20 oradores.

A actividade, referiu, é essencialmente para os alunos do ITEL. "Mas, nesta edição, contamos com a presença de estudantes do Centro de Formação Tecnológica do Uíge, que também têm desenvolvido projectos tecnológicos interessantes, a exemplo de outras edições, em que  estiveram estudantes de vários municípios da capital do país e de outras províncias”.

Um dos resultados obtidos com a realização das Feiras de Inovação Tecnológicas do ITEL, avançou, tem sido a criação de "startups” por alunos que passaram pela instituição e desenvolveram vários projectos.

Projectos

Actualmente, informou, têm estado a manter parceria com o Instituto Nacional de Investigação para a área da Saúde, num projecto desenvolvido por antigos alunos do ITEL, que criaram um detector de malária, não invasivo. "Este dispositivo está com o instituto e aguardamos pela aprovação para a sua comercialização”.

A missão do ITEL, acrescentou, é incentivar os alunos a criarem projectos que ajudem as autoridades a acabar com alguns problemas sociais, em especial os das áreas de saúde. "Este dispositivo vai ajudar a combater a malária e reduzir as taxas de mortalidade causadas pela doença”.

Protecção da autoria

Cláudio Gonçalves explicou que apesar do registo dos projectos apresentados pelos alunos ao Instituto Angolano da Propriedade Industrial, ser feito em nome do ITEL e dos autores, caso haja algum patrocínio, a instituição faz questão de preservar a propriedade intelectual dos estudantes.

"A direcção do ITEL tem realizado estas feiras, também, como uma forma de conseguir patrocínio para os alunos e em caso de se firmar contratos, todos os aspectos ligados à preservação da autoria do projecto estão acautelados, porque são os próprios estudantes que dão continuidade ao trabalho”.

Ano lectivo

Para o ano lectivo 2023/24, informou, foram matriculados 388 estudantes, dos mais de três mil candidatos inscritos. Dos alunos seleccionados, 184 foram para o curso de Informática, 159 no de Electrónica e Telecomunicações e 45 em Informática e Sistemas Multimédia. Os estudantes, disse, são assegurados por 80 professores.

A escola tem nove salas de aula convencionais e seis laboratórios, devidamente equipados para cada curso. "Existem projectos a nível das estruturas centrais para a expansão dos serviços do ITEL noutras províncias”, explicou Cláudio Gonçalves.

Fonte:MINTTICS