Este facto impactou, significativamente, na prevenção de desastres ambientais, contribuindo para o aumento da consciencialização sobre a prevenção de incidentes ambientais.
"Com o uso de tecnologia espacial e a inteligência artificial, através de aplicações espaciais desenvolvidas por quadros nacionais, foi possível fazer a georeferenciação de aproximadamente 11 milhões de edifícios em todo o País, potencializando a arrecadação de receitas via imposto predial”, avançou o Ministro, durante a abertura da Semana Mundial do Espaço.
Todas estas iniciativas, segundo Mário Oliveira, têm contribuído para a caminhada rumo à modernização e digitalização da nossa economia, assim como na redução da infoexclusão.
NASA apoia combate à seca no Sul de Angola
O MINTTICS, por intermédio do Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN) e com o financiamento da NASA, tem estado a desenvolver uma ferramenta para auxílio à tomada de decisão sobre a seca no Sul de Angola, que utiliza imagens e dados de observação da Terra.
Para este fim, estão em formação de 45 técnicos angolanos, para manuseio de dados de observação da Terra via satélite, tratamento de dados históricos da severidade da seca em Angola entre 2015 – 2023, produção de mapas de vulnerabilidade socioeconómica e de severidade da seca a escala para todo País, bem como o desenvolvimento da versão beta da plataforma tecnológica de tomada de decisão.
Também no âmbito do Programa de Observação da Terra, foi recentemente aprovado o Despacho Presidencial n.º 206/24, que autoriza a celebração dos Acordos de Financiamento para a construção do ANGEO-1, o satélite de observação da terra que terá capacidade de processar e enviar ao centro de controlo mais de mil imagens de alta resolução por dia e cobertura local, nacional e regional.
"Este satélite vai operar com um elevado nível de desempenho no apoio a vários sectores da economia nacional”, disse Mário Oliveira, destacando "a avaliação da produtividade agrícola, monitorização e controlo ambiental e florestal, supervisão de derrames de petróleo, vigilância marítima, no sector mineiro e no controlo fronteiriço”.
A ser desenvolvido pela francesa Airbus Defence and Space, o satélite será
altamente eficiente para as principais aplicações angolanas de apoio à economia e modernização administrativa.
Para Mário Oliveira, o monitoramento do clima é uma actividade essencial para se entender as mudanças em curso no nosso planeta.
"Os satélites meteorológicos fornecem uma visão global e contínua da terra e permitem que os cientistas monitorem as alterações climáticas em diferentes regiões do planeta, simultaneamente”, sublinhou.
Segundo o governante, desde a entrada em funcionamento da primeira estação de recepção de imagens e dados meteorológicos via satélite, em 1998, a utilização dos recursos de satélite na monitorização do tempo e do clima foi se ampliando, tendo sido melhorada a partir de 2021, com a implementação do Projecto de Modernização do Instituto Nacional de Meteorologia (INAMET), que envolve investimentos em infra-estruturas, tecnologia e capital humano, para melhorar a capacidade nacional nestes domínios.
Fonte: MINTTICS