O governo angolano está a trabalhar no novo quadro do
código postal para responder, no mais curto espaço de tempo, aos
cidadãos com capacidade de desenvolver o serviço electrónico, numa
altura em que a covid-19 acelera essa necessidade tecnológica.
Segundo
o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e
Comunicação Social, Manuel Homem, falando hoje à margem do 27º Congresso da União
Postal Universal (UPU), em Abidjan (Côte d’Ivoire), a covid-19 mostra a
necessidade de cada vez mais melhorar-se e aprimorar-se as condições
técnicas deste serviço universal e "de grande impacto para Angola”.
Para
Manuel Homem, trata-se de uma "ferramenta extremamente importante no
comércio electrónico” e crê em "desafios particulares que têm a ver com a
modernização da própria infra-estrutura dos serviços postais, mas
também da melhoria do ambiente legislativo para que o país possa estar
melhor”.
Em
representação do Presidente da República na cerimónia de abertura do
evento, o governante justificou que os desafios da modernização do
serviço postal ganha outra dinâmica com o advento das novas
tecnologias, o que muda o seu carácter e a forma de funcionar, tornando o
comércio electrónico em uma realidade.
"Precisamos
massificar, continuar a transformar aquilo que são as condições para
que os serviços postais nacionais possam responder a essa necessidade”,
disse o ministro no palco das discussões dos caminhos da digitalização
dos serviços postais e do desenvolvimento do comércio electrónico
(e-commerce).
De acordo
com o governante, este evento constitui-se no momento em que os
diferentes países discutem a estratégia que o mundo deverá seguir na
componente da modernização e da digitalização dos serviços postais.
"O
nosso país, não podendo ficar de parte desta estratégia, enquanto
membro da UPU, está aqui e acreditamos que as orientações estratégicas
saídas daqui e a declaração permitirá que todos possamos caminhar rumo à
modernização que pretendemos”, enfatizou.
Actualmente,
a inexistência do código postal torna virtualmente complexa a entrega
ao domicílio de encomendas postais, pelo que a proposta em estudo prevê a
melhoria da facilitação das recepções, com a introdução do Código de
Endereçamento Postal (CEP), capaz de permitir tratamento mecanizado e
electrónico na expedição, maior rapidez, fiabilidade e credibilidade.
Com
o futuro código postal nacional, poder-se-á acabar com a tarefa dos
carteiros que entregam correio ao domicílio com base em referências de
diferentes toponímias, por haver ainda ruas sem nome e residências sem
numeração, o que faz com que as pessoas deixem o contacto telefónico e
quando a encomenda chega a central postal liga.
Fonte: MINTTICS