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22 Novembro de 2023 | 19h11 - Actualizado em 22 Novembro de 2023

MÁRIO OLIVEIRA VALORIZA O AUMENTO DE MULHERES NO ACESSO ÀS NOVAS TECNOLOGIAS

O ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Augusto da Silva Oliveira, disse esta quarta-feira, 22 de Novembro, em Luanda, haver um crescimento significativo nos últimos tempos, em termos de género no sector tecnológico do país.

O governante, que interviu no tema tecnologias e educação como ferramentas para alcançar a igualdade do género, durante o segundo Painel temático da 3° edição da Bienal de Luanda (2023), realçou o aumento do género e as oportunidades que têm surgido ao longo da última década.

Segundo Mário Oliveira, o país tem estado a acompanhar o acrescimento que se regista, de forma geral, nesta matéria, bem como ao nível da investigação. Referiu que, quanto ao Programa Espacial Nacional, Angola tem desenvolvido um conjunto de aplicativos para a utilização na agricultura, no ambiente e no estudo de derrames de petróleo, como resultado da investigação e recurso a inteligência artificial. "neste grupo de trabalho temos a presença de um grande número de mulheres”, disse, dando conta da existência de 16 porcento de raparigas e mulheres com acesso às tecnologias no país, número que se pretende elevar para cerca de 30 a 35% até 2030.

O ministro, disse haver acções concretas a serem desenvolvidas numa parceria entre os ministérios das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social e da Educação, com vista a aumentar o investimento nos dois sectores, num projecto denominado Angola Digital, com a instalação de salas de informática em várias escolas do país. Segundo o governante, há 10 anos a situação era muito pior, mas actualmente é notável a presença de mulheres e raparigas no que toca ao acesso às tecnologias.

Ainda no quadro do Programa Espacial Nacional, cujo objecto social mais conhecido é o Angosat 2, disse haver muitas engenheiras com capacidade e certificação em ciência espacial, uma das áreas temáticas e das tecnologias mais evoluídas, o que, no seu entender, demonstra o quanto o país têm avançado nesta matéria. Citou, a título de exemplo, o facto de uma mulher ocupar o cargo de directora-adjunta para a área técnica do Programa Espacial Nacional, bem como a existência de quatro "senhoras” entre os nove postos de directores nacionais do ministério de tutela. "Pelas oportunidades que o país tem dado, as nossas mulheres têm conquistado um lugar muito importante”, disse, reconhecendo haver ainda muito trabalho ainda por se fazer.

Neste sentido, defendeu maior trabalho e investimento na educação e destacou a importância das famílias no que concerne ao ensinamento no seu seio, de aspectos que possam se reflectir, posteriormente, na formação destas. "Para manusearmos tecnologias temos que educar e formar”, disse, referindo ser necessário ultrapassar alguns entraves que começam no seio familiar quanto ao acesso às tecnologias e à educação, por forma a atingir-se os objectivos de oportunidades iguais no género.

Durante o Painel Temático em que interveio também a representante da ONU Mulher na Costa do Marfim, Antónia Sodonon, o governante angolano lembrou que o tema - Tecnologias, está dentro daquilo que são os objectivos de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas relativamente ao alcance da igualdade do género e capacitação das mulheres e raparigas. Sublinhou ainda o trabalho da secretária-geral da União Internacional das Telecomunicações, uma mulher a frente de uma organização que gere, controla e monitora as acções ligadas as telecomunicações e tecnologias de informação no mundo, cujos ideais cingem-se na capacitação e valorização da mulher desde muito cedo, visando o sucesso do género.

Por sua vez, Antónia Sodonon da ONU, fez referência, entre outros, a aspectos ligados as políticas necessárias para a promover a igualdade do género, bem como o uso das tecnologias no seio da jovem mulher, evolução digital e global. Falou das diferenças de benefícios na formação em áreas de tecnologias entre homens e mulheres a nível do mundo, salientando haver estudos a nível da ONU Mulher que apontam perdas de mais de um bilião de dólares como consequência da marginalização de mulheres e raparigas em certos cargos de tomada de decisão. No entanto, reconheceu os esforços do Governo angolano em prol da igualdade do género e congratulou-se com os êxitos alcançados neste sentido. "Sei que em Angola existe uma iniciativa acima de 30 por cento de mulheres a ocuparem cargos no Executivo, isto é um grande sucesso”, salientou.

Disse existirem no continente mulheres capazes, pelo que se deve apostar, com investimento em novas tecnologias e parcerias com o sector privado. Apontou a Costa do Marfim e o Zimbabwe como exemplos no que concerne a esta matéria.

Os trabalhos da III edição da Bienal de Luanda, Fórum Pan-africano para a Cultura da Paz, prosseguem esta quinta-feira (23) com a apresentação e debates a volta do painel "As mulheres nos processos de paz, segurança e desenvolvimento”.

 

Fonte: MINTTICS



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