Durante a 29.ª Sessão Temática do programa "Comunicar por Angola”, realizada nesta terça-feira, no Centro de Imprensa Aníbal de Melo (CIAM), em Luanda, com o tema "Projecto de Modernização e Expansão do Fornecimento de Água”, o Secretário de Estado das Águas, António Fernandes Rodrigues da Costa, avançou que o objectivo é aprimorar o controlo de falhas e avarias no sistema de abastecimento, além de promover a reabilitação e ampliação das redes de distribuição.
Os investimentos significativos que o Governo tem feito no sector, explicou, resultam em melhorias tanto na produção de água quanto no saneamento básico, especialmente nas novas centralidades e capitais provinciais. Entre as acções do plano estão a supervisão das obras em andamento, a definição de modelos de financiamento e a mobilização de investimentos.
António da Costa esclareceu ainda que um dos marcos desse esforço é a construção e reabilitação de várias Estações de Tratamento de Água (ETA), como as de Kifangondo (140 mil metros cúbicos/dia), Candelabro (210 mil metros cúbicos/dia) e Luanda Sudeste (224.680 metros cúbicos/dia), a par das novas ETA que foram instaladas em Cabinda, Bié e Huambo.
O projecto prevê aumentar o acesso à água potável para até 61 por cento da população até 2027, através da expansão e modernização das infra-estruturas, pelo que, desde 2020, o sector registou um aumento de 44 milhões de metros cúbicos na capacidade de fornecimento, com as províncias da Huíla, Malanje, Moxico e Cabinda em destaque nos avanços. Entretanto, Luanda e Benguela lideram em termos de novas ligações.
Sobre a sustentabilidade das empresas de água e saneamento, o Secretário de Estado enfatizou a importância da arrecadação de receitas para cobrir os custos operacionais e garantir a continuidade dos investimentos.
Actualmente, referiu António da Costa, o Decreto Conjunto nº 230/18 regulamenta a revisão tarifária da água potável, mas está em análise uma nova proposta que visa tornar as empresas mais autossuficientes. Neste quesito, Moxico, Huambo e Cuando Cubango possuem as tarifas mais baixas, enquanto Luanda e Benguela têm os maiores valores.
O programa "Comunicar por Angola”, coordenado pelo Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTICS), é uma iniciativa do Governo para apresentar os seus programas de desenvolvimento e objectivos alinhados ao Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN 2023–2027).
Fonte: MINTTICS