Inauguradas pelo ministro das Telecomunicações, Tecnologia de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira, as novas infraestruturas do Cefojor estão equipadas com material de ponta.
As infraestruturas integram o bloco principal, em que funciona os estúdios da Rádio Escola, que homenageia, a título póstumo, o jornalista Manuel Guimarães da Mesquita Lemos.
Outro homenageado é o antigo ministro da Comunicação Social e embaixador Hendrick Vaal Neto, que tem o nome grafado no edifício de dois pisos, dez salas. No primeiro piso, destacam-se as áreas de multimídia, edição, imprensa escrita, apresentação e locução, além de laboratórios.
Quanto ao segundo piso, além das duas salas de aula multidisciplinares, existe o refeitório, armazém e um estúdio de televisão com três sets em ficção de gravação para programas modernos.
O ministro Mário Oliveira reafirmou o compromisso da modernização tecnológica e de infraestruturas dos órgãos de Comunicação Social. Realçou que os investimentos feitos nas infraestruturas estejam ao serviço da comunidade e que venham a contribuir para a melhoria da qualidade dos técnicos formados na instituição.
Mário Oliveira considerou que as novas condições impulsionam, cada vez mais, a partilha e a difusão de conhecimento e orientações aos profissionais, em particular, nas diferentes especialidades do sistema da Comunicação Social. "O Cefojor deve continuar engajado na formação de mais designers gráficos, editores de vídeo, sonoplastas, especialistas em Photoshop e preparar jovens que optam em trabalhar como free-lancers, para que invistam em blogs, podcast e outras iniciativas da comunicação digital, de modo a dar contributo no aumento da literacia digital”, exortou.
O ministro orientou os responsáveis do Cefojor a assumirem um papel pertinente na descoberta de talentos das áreas de ficção, de modo a capacitar mais jovens actores, roteiristas, continuadores, cenógrafos, entre outros.
Mário Oliveira explicou que o Cefojor deve olhar para a formação de técnicos com excelência, no sentido de a qualidade do trabalho informativo e formativo produzidos diariamente nos meios de comunicação social cheguem aos cidadãos com maior qualidade.
Destacou a formação de realizadores, técnicos de som e de emissores, operadores de câmara, fotógrafos, redactores, cenógrafos, luminotécnico, secretários de Redacção, produtores, gestores dos portais, arquivistas, bibliotecários, pessoal de apoio administrativo e todos os demais intervenientes na cadeia de produção de conteúdos, diariamente, difundidos pelos órgãos de comunicação social.
O governante chamou, ainda, a atenção para não se perder de vista as bases e missão de consolidação das mesmas, assim como potencializar os quadros e técnicos para responderem aos desafios, que se prendem com a entrada em funcionamento do Cefojor-Huambo.
Em relação às obras do Cefojor-Huambo, o ministro considerou que decorrem a um ritmo muito acelerado, tendo em conta que se encontra em fase de apetrechamento.
Mário Oliveira anunciou que a referida infraestrutura vai assegurar a formação de jornalistas e técnicos nacionais e de países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) nas áreas de Relações Públicas, Multimédia, Cinema, Publicidade e Marketing.
O ministro exortou, igualmente, que se dê atenção especial à educação da cidadania, citando, como exemplo, a divulgação dos feitos da Independência Nacional, celebração que se comemora hoje.
Formação de excelência
O director-geral do Cefojor, Ikuma Bamba, considerou a requalificação do centro um passo de extrema importância rumo à consolidação do estatuto de formação de excelência.
Ikuma Bamba referiu que a instituição está, igualmente, a caminhar para dinamizar as artes cénicas, por via da preparação dos jovens confinados em grupos de teatro e não só, no sentido de terem uma oportunidade de explorar o seu potencial.
Referiu que o centro está preparado para auxiliar médicos e enfermeiros a comunicarem melhor com os pacientes, assim como para ajudar os técnicos da Procuradoria Geral da República (PGR) e Inspecção Geral da Administração do Estado (IGAE), com vista a melhorarem a abordagem aos utentes.
O director-geral do Cefojor avançou que a instituição está, também, pronta para auxiliar os Governos provinciais, administrações municipais, comunais e distritais a melhorarem a forma de comunicação com os utentes de serviços e na sensibilização dos cidadãos.
As novas infraestruturas custaram aos cofres do Estado um total de 497 milhões de kwanzas, dos quais 10 por cento foram provenientes dos recursos ordinários do Tesouro, 43% saíram directamente do MINTTICS e 47% das receitas do Cefojor.
O Cefojor, que iniciou a actividades em Setembro de 2002, sob tutela do Ministério da Comunicação Social, tem como atribuições gerais contribuir para a formação contínua e aperfeiçoar os profissionais do ramo da Comunicação Social, a investigação científica e assessoria técnica.
