Trata-se de um projecto avaliado em 300 milhões de dólares, que resultam de um financiamento do Banco Mundial. O projecto vai ser implementado em 6 anos em todo o País, com foco no corredor do Lobito.

No seu discurso de abertura, em representação do Ministro do Planeamento, Víctor Hugo Guilherme, o Secretário de Estado para o Investimento Público, reafirmou o empenho do "Governo de Angola liderado pelo Titular do Poder Executivo, João Lourenço, que está comprometido com o aumento da produção do sector não petrolífero, no sentido de garantir o equilíbrio e a sustentabilidade da sua economia”.

Segundo o governante, "esse compromisso passa por devolver a economia ao sector privado, competindo ao Governo a criação de condições mais favoráveis para o empresariado poder desenvolver os seus negócios”.

O Diversifica Mais, tem como pano de fundo a aceleração da diversificação económica sustentável e geograficamente equilibrada, tendo como principal actor o sector privado.

Ivan Marques dos Santos disse que o D+ tem três objectivos:

"O primeiro é a melhoria do ambiente regulatório e institucional para o comércio, registo e crescimento de empresas e os serviços financeiros, especialmente para empresas detidas ou geridas por mulheres. Para o cumprimento desse objectivo vão ser aplicados, o equivalente em kwanzas, a 40 milhões de dólares.

O segundo objectivo é a catalização de investimentos públicos e privados, para serem estruturadas e implementadas parcerias público-privadas, por exemplo, em infra-estruturas produtivas, como polos de desenvolvimento industriais e plataformas logísticas, com particular destaque no corredor do Lobito. Para o cumprimento desse objectivo, vão ser aplicados 130 milhões de dólares.

E o terceiro objectivo é a melhoria do acesso ao financiamento e das capacidades das empresas, aqui vão ser aplicados 115 milhões de dólares e há também uma componente de gestão  do projecto e capacitação que conta com 15 milhões de dólares”. 

O governante disse que "deste processo, entre outros, espera-se a redução em 20% do tempo de liberação ou desalfandegamento de mercadorias, a utilização de ferramentas de automação para o comércio internacional, e espera-se impactar com esse processo, directamente, 12 mil empresas privadas, 3 infra-estruturas produtivas adjudicadas e 250 empréstimos facilitados pelos projecto, dos quais 66 deverão ser referentes à Micro, Pequenas e Médias Empresas controladas por mulheres”.

Durante a sessão foi também apresentada a Plataforma Source, uma ferramenta que coloca as grandes infra-estruturas angolanas no mapa mundial.

"A adopção da plataforma SOURCE decorre da necessidade de materializar a Lei n.º 11/19, de 14 de Maio, lei sobre as parcerias público-privadas, convindo à gestão mais eficiente da carteira de projectos de PPP, bem como de garantir através dela o desenvolvimento de infra-estruturas necessárias ao crescimento económico-social de Angola” esclareceu o Secretário.

A SOURCE é uma plataforma liderada e financiada por bancos multilaterais de desenvolvimento (MDBs) e é implementada pela Sustainable Infrastructure Foundation (SIF), uma fundação Suíça sem fins lucrativos.

GABINETE DE COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL E IMPRENSA, em Luanda, aos 12 de Março de 2024.