Na abertura do evento o director do Instituto Nacional de Fomento da Sociedade de Informação (INFOSI), André Pedro, disse que a transição para o IPv6 e a consolidação do .AO como o principal domínio de referência do país não são apenas marcos tecnológicos - são elementos estratégicos para a soberania digital da República de Angola.
"Ao estabelecer uma infra-estrutura robusta, ágil e confiável, o país assegura maior autonomia no ciberespaço, criando oportunidades de negócio, reduzindo a dependência de recursos externos e reforçando, ao mesmo tempo, a protecção dos dados e do património digital nacionais. Até ao momento, Angola conta com 14 mil domínios de empresas na Internet”. Referiu.
Durante o evento o director disse que, os especialistas nacionais e internacionais irão destacar os múltiplos benefícios resultantes de um ccTLD (Country Code Top-Level Domain) gerido localmente desde 2024, e considerou que a gestão interna do .AO permite maior flexibilidade, resposta ágil a incidentes e, sobretudo, o fortalecimento da identidade digital angolana.
Já a migração para o IPv6, com mais espaço de endereçamento e melhor performance, abre portas para a expansão da Internet das Coisas (IoT) e serviços inovadores, garantindo que Angola não fique para trás na próxima revolução tecnológica global.
André Pedro, disse que o encontro contou com sessões interactivas, painéis de discussão e workshops práticos, pois, posicionou-se como uma oportunidade única para os decisores políticos, técnicos, gestores e empreendedores entenderem o impacto destas tecnologias, além de poderem trocar experiências, esclarecerem dúvidas e delinearem estratégias conjuntas para o fortalecimento da autonomia digital do país, por via das instituições que dirigem.
De recordar que o INFOSI foi criado a 20 de Abril de 2016, através do Decreto Presidencial nº 86/16, como resultado da fusão do Centro Nacional das Tecnologias de Informação (CNTI) e do Instituto de Telecomunicações Administrativas (INATEL). Esta fusão resultou em virtude da necessidade de se racionalizar os recursos humanos e materiais adstritos ao CNTI e ao INATEL, no âmbito da prossecução das respectivas atribuições.
Fonte:MINTTICS