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27 Janeiro de 2023 | 13h01

ANGOLA INVESTE NO SECTOR DAS TELECOMUNICAÇÕES

Angola tem investido, nos últimos 25 anos, nas redes de fibra óptica, tanto terrestre como submarinas, de micro-ondas e no segmento espacial, reafirmou o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Augusto Oliveira.

Em entrevista ao site "The Business Year" sobre mudanças das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) em Angola,  o governante referiu que o país está fortemente empenhado na diversificação da economia e, consequentemente, as suas necessidades de telecomunicações são essenciais para atingir este  objectivo. 

O sector, disse, está a trabalhar em projectos para expandir a rede nacional de banda larga de fibra ótica, segurança cibernética e modernizar os serviços de saúde e educação impulsionada pelas tecnologias de informação, bem como desenvolver as redes de micro-ondas. 

Por outro lado, Mário Augusto Oliveira ressaltou que o ANGOSAT-2, satélite angolano, fornecerá serviços na banda C, na banda KU e na banda KA, sistemas que passaram com sucesso no estágio de teste, estando a ser preparada a próxima etapa, que será a comercialização e prestação de serviços. 

Conforme o ministro, com os investimentos dos últimos 25 anos, o país conseguiu resistir à pandemia da Covid-19, porque nesta altura foi possível manter uma certa estabilidade na economia e os serviços funcionaram.

"Angola é um país de 1,2 milhão de quilómetros quadrados, e além dessa extensa área, as suas cidades são deslocadas. Portanto, o fim da exclusão digital é um dos principais serviços nos quais estamos focados", salientou.

De acordo com o ministro, a telemedicina é uma enorme realidade nas províncias do Moxico, Bengo, Huambo e Bié.

ANGOSAT-2

Referiu que com o ANGOSAT-2 será mais fácil aumentar a rede nacional de telemedicina e também atender escolas públicas e posteriormente reduzir a exclusão digital e aumentar a alfabetização digital. 

Adiantou que o sector está a desenvolver um projecto para controlar a vazão nos rios e o possíveis  derramamentos de combustível durante a exploração de petróleo. 

"Com o ANGOSAT-2 e o projecto de observação da Terra que temos em curso, será possível controlar o ambiente, incluindo a migração de animais, a queima de incêndios florestais, que é um fenómeno que acontece em toda a África, bem como o controlo de estradas e projetos de desenvolvimento ferroviário, planejamento urbano, urbanização de vilas, cidades e migração", realçou. 

Em termos de telefonia móvel, disse, que Angola cobre apenas cerca de 51 por cento do território nacional, representando uma margem de crescimento significativa. 

Acrescentou que existe uma tecnologia chamada tecnicamente de Operadoras de Redes Virtuais Móveis (MVNOs), que incentivamos as operadoras a utilizar, que envolve operadoras móveis virtuais que se somam a uma operadora móvel tradicional. 

O ministro ressaltou ainda que a nível das tecnologias de informação também está a incentivar as principais  operadoras e os criadores, que possam surgir entre os jovens, a criarem plataformas que sirvam o mercado nacional, a economia nacional e as empresas nacionais. 

"Os nossos jovens angolanos são altamente criativos, mas por vezes não têm o espaço necessário para desenvolver a sua criatividade", enfatizou. 

Falou que em termos de pessoas capacitadas, o sector supervisiona o Instituto de Telecomunicações, que tem um centro de treinamento no seu distrito, o CFITEL, centro que dá até certificações Cisco, Huawei e Microsoft. 

De acordo com ele, os técnicos formados no referido centro têm a oportunidade de serem certificados por esses grandes fabricantes. 

Destacou, por outro lado, a inauguração, recentemente, do centro de excelência em pesquisa para treinamento de funcionários da Huawei e encorajou outros operadores internacionais a instalarem e criarem centros de formação no país.

Lembrou ainda da incubadora de empresas, supervisionada pelo Ministério, chamada Digital.ao., em que o jovem não paga nada e tem acesso à internet e a alguns serviços básicos, que lhe permite pensar, criar e fazer o que fazm no Vale do Silício. 

Referiu que uma das maiores preocupações, à par da tecnologia, é potenciar a base de conhecimento dos jovens para aumentar a sua empregabilidade.

"Está provado que, em todo o mundo, as tecnologias da informação podem dar um enorme contributo para a redução do desemprego e isso tem um grande reflexo no PIB dos países", disse.

Falou ainda do subsector dos media, que, segundo o ministro está a desenvolver-se rapidamente, com a modernização das redes públicas de televisão e rádio, bem como a imprensa. 

"Acreditamos que a mídia não deve apenas informar, mas também educar. Também fornecemos informações sobre tecnologias que estão sendo implementadas em todo o mundo", realçou. 

Finalizou dizendo que se esta a trabalhar a comunicação social, não só ao nível da informação, mas também na formação de cidadãos nas mais variadas vertentes da ciência, tecnologia e cidadania.

 


Fonte:The Business Year


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